terça-feira, 23 de abril de 2013

ciclovia no centro de Vitória e abordagem humanitária...

A travessia do Centro de Vitória pelos ciclista ao longo dos galpões do porto são uma roleta russa. Eu chamei também esse trecho de corredor da morte! O comprimento da região perigosa é de cerca de 900 metros se encontra entre a ciclovia da Vila Rubim e o calçadão compartilhado por enquanto.


Na época da morte da jovem ciclista bióloga em São Paulo, eu cheguei a comparar esse trecho com a avenida Paulista. Receio que morre logo um ciclista nesse trecho. Montei a muito tempo um abaixo-assinado pedindo uma ciclovia emergencial nesse local.

Parece até milagre não morrer um ciclista por dia ali. Eu evito 95% desse trecho ao passar pela cidade alta (ver mapa cicloviária) mas quem faz isso perde muito tempo e quem tem marcha não pode fazer isso. Enfim, na prática, sou quase o único a fazer isso.

Enfim temos um problema gravíssimo ali e nada está sendo feito, não vi nenhum político falar para mim vamos fazer algo ali. Eu já repeti 100 vezes, 1000 vezes para todos os políticos que encontro que ali tem que ser feito algo mas nunca tive resposta positiva. Só negação. Só recebi "não", "não dá" etc...

No entanto ali em cerca de 90% do trecho onde passam os ciclistas tem estacionamentos de carros. Podemos reparar que não há nenhum comércio nessa avenida e portanto não há nenhuma pressão justificável para manter estacionamentos de carros nesse trecho. Estranhamente se a gente olha o PDU de perto, descobrimos que as diretrizes são bem claras a respeito da ação da prefeitura.

"Art. 34. São diretrizes da Política de Mobilidade Urbana:
(...)

VII - apoio e incentivo às viagens não motorizadas;
VIII - priorização das calçadas e ciclovias em detrimento de estacionamentos nas vias públicas;


Não entanto não está acontecendo, nunca vi essas diretrizes aplicada na antiga gestão e, por enquanto, continua do mesmo jeito mesmo com um grupo de pessoa em situação de perigo. É conhecido que retirar vaga de estacionamento de carro é um ato impopular. Logo eu poderia deduzir que se troca vida por popularidade? Cadê a abordagem humanitária??

Será que ali se uma ciclista morre atropelado, a prefeitura poderá ser responsabilizada por crime por  omissão?
Ali, nada está sendo feito e um grupo de pessoas está sendo ameaçado de morte todos os dias. As leis não importam, o que importa são os atos. Quero saber como se aplica nesse caso a abordagem humanitário que o  prefeito citou no gabinete itinerante em Jardim Camburi?
Se isso consiste em salvar uma popularidade em troca da vida de alguns ciclistas, não vejo nada humanitário nisso. É uma questão ética grave. Não estamos falando de trocar uma vida por quatro outra. Estamos falando em estacionamento de carro contra a vida de outras pessoas. Já fiz minha escolha e você qual é sua escolha?

Um comentário:

  1. Acho que vc deveria dizer que são ELEITORES que podem morrer alí... Num país em que se pretende resolver a crise reduzindo IPI para veículos...quem vai se preocupar com um ou outro ciclista morto!

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